Você sabia que os resíduos de obra produzidos pelo setor da construção civil são um dos maiores responsáveis pela produção de lixo no mundo? Pois é! As sobras da sua obra ou reforma podem se tornar um grave problema ambiental caso não haja o gerenciamento adequado.
Quer saber como gerenciar o entulho produzido nas suas obra de maneira correta? Confira as nossas dicas a seguir!
Sobre o gerenciamento de resíduos
Uma pesquisa realizada pela USP demonstrou que o desperdício médio no canteiro de obras é de 8%, o que é mais um indicativo de que o setor de gestão não controla a eficiência do uso dos materiais. Isso inclui sobras que envolvem pedregulho, aço, areia, argamassa e até fragmentos de madeira ou tijolos e, geralmente, não existem políticas internas claras para a reciclagem e reuso desses materiais.
É aí que entra o gerenciamento de resíduos, etapa fundamental do planejamento da obra, especialmente por conta do alto volume acumulado ao final da execução de um projeto.
Para facilitar a gestão desse material excedente, foram desenvolvidas algumas obrigações legais, estabelecendo diretrizes, critérios e processos que devem ser seguidos pelas empresas responsáveis pela obra.
Reutilizando e Reciclando
Antes de tudo, é necessário classificar os resíduos da construção para que seja possível identificar os cuidados específicos que devemos ter com cada um dos materiais.
A seguir, indicamos a classificação dos resíduos de acordo com a Norma ABNT NBR:
Classe I: são materiais que sejam perigosos, inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos, patogênicos ou que constem nos anexos A ou B da norma.
Classe II: engloba entulhos que não se enquadram na Classe I, mas podem ser combustíveis, biodegradáveis, solúveis em água e cujos códigos constam no anexo H da norma.
Classe II A: são materiais não perigosos ou fixos, com propriedades de biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
Classe II B: entulhos que, quando em forma representativa e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
Para ter acesso às tabelas de anexo e a regulamentação completa, clique aqui.
Construção Civil e meio ambiente
Segundo dados fornecidos pelo SENAI em parceria com o SEBRAE, a construção civil é responsável por 50% do gás carbônico lançado na atmosfera e por cerca de metade de todos os resíduos sólidos gerados em escala mundial. Esses números totalizam em algo em torno de 2 e 3 bilhões de toneladas de entulho gerados a cada ano.
Isso significa que o correto manuseio e gerenciamento dos resíduos de obra não só ajudam a diminuir os índices de desperdício e os gastos com materiais, mas também cumprem papel ecológico e sustentável.
É responsabilidade do empreendedor, por lei, ter como prioridade a não produção de resíduos, bem como assegurar que o entulho gerado seja descartado de forma adequado caso não haja a possibilidade de reaproveitamento no canteiro de obras.
Não se esqueça que, para garantir o sucesso de um empreendimento bem como evitar multas desnecessárias, a fase de planejamento da obra deve conter todas as licenças necessárias para dar início ao projeto, isso pode incluir também licenças relacionadas a construções sustentáveis.
Lembre-se: o cuidado ambiental, além de necessário para garantir o futuro do nosso planeta, é também um grande aliado na imagem e publicidade da sua empresa, podendo agregar valor ao preço final de venda. Por isso não se esqueça de estar sempre atento ao plano de gerenciamento de resíduos, para garantir uma obra mais sustentável, além de eliminar custos extras provenientes de desperdícios no canteiro de obras!
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